3 dezembro, a partir das 19h00 | CRL – Central Elétrica, Porto
A entrada é gratuita sem necessidade de reserva prévia, mas limitada à capacidade dos espaços.
Ayiti, a Montanha que Assombrou o Mundo celebra os 220 anos da Revolução Haitiana, um dos eventos mais marcantes no derrube do colonialismo nas Américas, ainda que tenha vindo a ser constantemente ocultado e minizado, apagando deste modo as lutas destes povos e substimando o seu impacto. Em residência na Central durante novembro, o projeto de Marconi Bispo procura reparar essa invisibilização, destacando a importância do Vodu Haitiano, cujas práticas litúrgicas exaltam heróis revolucionários. A comparação com as religiões afro-brasileiras evidencia a importância da ancestralidade na resistência e luta pela liberdade.
Blondi surge da ideia de contar a história da humanidade de uma forma diferente. Blondi era o cão de Adolf Hitler, um pastor alemão que o mesmo sacrificou antes de se suicidar. Não é um cão qualquer; é o cão do Führer. Führer é uma palavra alemã que significa guia, líder ou condutor. Blondi é uma performance multidisciplinar que tem como principal ferramenta o movimento, onde convergem passado, presente e futuro, com uma estética provocadora e queer num cenário social e político marcado por mudanças significativas, crises e liberdades de identidade, e contextos onde as posturas políticas em alguns países recordam-nos por vezes um passado não tão distante. Blondi traz-nos uma homenagem à liberdade e à beleza que questiona quem somos no mundo atual. Blondi é um cão-performance que decide parar num mundo frenético para pensar no que está a acontecer.