24 de maio, 15h – 17h | Central Elétrica, Porto
Em colaboração com a Fundação para o Desenvolvimento da Sociedade Criativa (Varsóvia) e a CRL – Central Elétrica, no âmbito do projeto Performances Polacas no Porto – Identidade, Corporalidade, Processo, recebemos as performances de Krzysztof Leon Dziemaszkiewicz e Konrad Juściński.
“Polish Performance in Porto – Identity, Corporeality, Process” é um projeto dedicado à arte contemporânea da performance polaca, apresentando os seus fenómenos e estratégias artísticas mais significativos. As performances apresentadas exploram a relação entre o corpo, a memória, o espaço e os mecanismos sociais de controlo, enquanto os artistas abordam temas de identidade, efemeridade e interação com o meio envolvente.
As apresentações de Krzysztof Leon Dziemaszkiewicz e Konrad Juściński oferecem uma oportunidade única para o público português descobrir a arte performativa polaca contemporânea. Recorrendo a diversas estratégias performativas, os artistas introduzem os espectadores num mundo de acções baseadas na intensa corporeidade, na efemeridade e na procura de novas formas de expressão.
O projeto é um convite ao diálogo intercultural, permitindo o confronto de diferentes tradições performativas e a exploração de temas comuns relativos ao corpo, à memória e à relação com o espaço.
O evento será acompanhado de um catálogo em polaco, português e inglês, com textos e documentação visual.
Este projeto é cofinanciado pelo Ministro da Cultura e do Património Nacional da República da Polónia através do Fundo de Promoção da Cultura.
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A obra de Krzysztof Leon Dziemaszkiewicz examina os limites da corporeidade, confrontando o público com a intensa presença física e as tensões entre as normas sociais e a expressão individual. O artista emprega o corpo como um meio de transgressão, desconstrução e manifestação de liberdade.
As suas actuações, frequentemente inspiradas na expressão queer e no teatro físico, estão repletas de intensidade emocional e tensão física. Dziemaszkiewicz cria espectáculos específicos para cada local, adaptando-os a um determinado espaço e ao seu contexto. As suas acções equilibram-se entre a provocação e a intimidade, convidando o público a confrontar a sua própria perceção do corpo e da identidade.
Na sua performance “Elusive Memory”, Konrad Juściński explora a natureza fugaz da memória e do espaço. O artista cria composições sonoro-espaciais efémeras, examinando a intersecção da permanência e da transitoriedade na experiência humana.
A prática artística de Juściński centra-se na natureza processual da arte, utilizando gestos mínimos mas significativos. Através do trabalho com som, luz e pequenos objectos, constrói espaços de contemplação e reflexão, envolvendo o espetador tanto a nível sensorial como emocional.
O artista não constrói estruturas narrativas – as suas acções assemelham-se a rituais contemporâneos, onde momentos de mudança e equilíbrio permanecem em diálogo dinâmico.