17 dezembro, 17h00 – 19h00 CET (16h00 – 18h00 PT)
Moderação: Vânia Rodrigues
Oradores: António Pedro Lopes, Gui Garrido, Ritó Natálio
LIFE ITSELF IS THE GOAL é a última da série de conversas online do projeto europeu PLANT, que exploram as práticas artísticas e curatoriais de contexto, lançadas pela primeira vez em abril de 2023. As conversas têm tido como objetivo refletir sobre como a produção artística pode enfrentar os desafios sociais e ambientais através de práticas sustentáveis, enraizados localmente, mas adaptáveis a nível global. Ao apresentarem abordagens que estão profundamente ligadas a territórios específicos e ao mesmo tempo que são relevantes em vários contextos, as conversas procuram realçar as intersecções entre arte, consciência ecológica e envolvimento social. Através de diálogos interdisciplinares e colaboração internacional, procuram inspirar estratégias inovadoras para um panorama artístico mais responsável e inclusivo, promovendo ligações significativas entre criadores, comunidades e ecossistemas.
Juntem-se a nós no dia 17 de dezembro, na conversa com António Pedro Lopes, Gui Garrido e Ritó Natálio e moderada por Vânia Rodrigues, numa partilha sobre as experiências e práticas agora focadas no contexto português.
A Conversa terá como idioma o Inglês, com possibilidade de legendas automáticas. A Conversa será gravada e publicada no futuro com legendas em Inglês.
Inscrições para participar na Conversa estão abertas até dia 16 de dezembro!
António Pedro Lopes (Ponta Delgada, 1981) trabalha como artista, gestor cultural, programador e curador. É cofundador e codiretor artístico do festival de música e arte Tremor, na ilha de São Miguel, nos Açores, juntamente com a Lovers & Lollypops e a Yuzin. Dirigiu festivais e projetos artísticos em Portugal e na Europa, nos contextos da dança contemporânea, das artes performativas e da música. Em 2021-23, foi diretor artístico de Ponta Delgada – Açores 2027 candidatura a Capital Europeia da Cultura. Em 2020, cocriou o MAPAS com Gui Garrido, um centro cultural sobre rodas, com programação nómada, descentralizada e de divulgação digital no concelho de Leiria. Em 2019, foi cofundador do Fabric Arts Festival com Jesse James, Michael Benevides e Sofia Botelho, na cidade de Fall River, Estados Unidos, do qual foi cocurador até 2021. Como artista de dança e teatro, participou em dezenas de espetáculos, workshops, residências artísticas e conferências por todo o mundo, tendo colaborado, entre muitos artistas, com Jérôme Bel, João Fiadeiro, Marco Berrettini, Gustavo Ciríaco, Raquel André e a companhia iraniana Virgule Performing Arts. É licenciado em Teatro pela Universidade de Évora, diplomado em coreografia pelo Forum Dança, pós-graduado em Gestão Cultural e Sustentabilidade pela Universidade de Coimbra, e frequenta atualmente um MBA em Inovação Artística no Global Leaders Institute em Washington DC, com o apoio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD).
Gui Garrido frequentou o curso de Belas Artes da ESAD (Caldas da Rainha). De 2004 a 2006 estudou Dança Contemporânea no Forum Dança e Impulstanz em Viena, Áustria. Como coreógrafo criou os seguintes duetos: “QUERO MAIS FÃS QUE QUERES MAIS PALCO” com António Pedro Lopes (2008), “Uma dança de casal” com Mia Habib (2009), “Dueto Ainda Difícil” (2007) e “Ainda de pé you” (2010) com Pieter Ampe. Criou o seu primeiro solo “GO JOHN” em 2011 e estreou “BEST BEAST” em janeiro de 2012, a sua primeira peça como coreógrafo. A peça “A COMING COMMUNITY”, uma colaboração com Hermann Heisig, Nuno Lucas e Pieter Ampe, estreou também em maio de 2012. Colaborou com Paula Diogo, Cláudia Gaiolas e Jan Machacek, na instalação “Try Romance” que estreou em novembro de 2013 em Marselha, Capital Europeia da Cultura, e em 2015 criou “Bits and Pieces reunidos para apresentar uma aparência de um todo” para o grupo BTB na TanzHaus Dusseldorf. Entre 2007 e 2009 foi programador do ciclo de jovens coreógrafos no âmbito do Festival A Fábrica (Porto). Com António Pedro Lopes organizou Sweet & Tender Collaborations (Porto 2008), uma residência artística para 45 artistas de todo o mundo durante 1 mês. Este projeto foi uma parceria com o Teatro Nacional São João entre outras entidades nacionais e internacionais. Em 2012, a convite da Culturgest (Lisboa), criou o projeto CELEBRAÇÃO com António Pedro Lopes. Um ciclo dedicado aos jovens coreógrafos nacionais e à reflexão sobre as condições do trabalho artístico em território nacional. Em 2014 é cofundador do festival A PORTA, um festival multidisciplinar que se realiza em Leiria e desde 2015 que integra a equipa do festival TREMOR em São Miguel, Açores. Entre 2017 e 2020, foi produtor da rede de digressões da nova música portuguesa SUPER NOVA. Em 2019 e 2020, integra a equipa do Fabric Arts Festival, em Fall River, Massachusetts, Boston. Em 2020, juntamente com António Pedro Lopes, criou o projeto MAPAS e em 2021, com a cooperativa CCER MAIS, criaram o NASCENTES, um projeto na aldeia de Fontes em Leiria. Foi diretor artístico do projeto Sob o Same Céu, financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian no âmbito do programa PARTIS. (Práticas Artísticas para a Inclusão Social), e desenvolveu vários projetos para a Câmara Municipal de Leiria (Festival de Museus, Floresta Viva, Ágora, entre outros). Tem interesse em continuar a desenvolver projetos culturais e sociais e desenvolver o seu trabalho como curador e programador de diversos projetos artísticos.
Os seus espaços de prática combinam a escrita ensaística e a performance, seja na criação, no ensino, na investigação ou na organização de programas públicos. Tem organizado uma série de palestras-performances dedicadas à relação entre linguagem e geologia, apresentadas internacionalmente em diversos espaços artísticos, teatros e contextos académicos: “Antropocenas” (2017) com João dos Santos Martins, “Geofagia” (2018), e “Fóssil” (2020). Um dos seus trabalhos mais recentes — “Spillovers” (2023) — propõe uma reinterpretação fabulada e coletiva de “Lesbian peoples: Material for a Dictionary” (1976), uma obra icónica do feminismo lésbico de Monique Wittig e Sande Zeig. Ritó está atualmente a terminar um doutoramento em Estudos Artísticos e Antropologia com bolsa FCT, com foco no Antropoceno e nas percepções de humanidade-natureza. Natálio é graduado em Artes Coreográficas (Universidade Paris VIII) e mestre em Psicologia Clínica (PUC-São Paulo). Publicou artigos académicos, textos de artistas e editou publicações independentes ligadas às suas pesquisas. Em 2019, no Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa, Ritó co-organizou uma mostra de cinema indígena com cineastas e curadores indígenas, juntamente com uma plataforma coletiva de investigadores e ativistas de Portugal, nomeadamente Ailton Krenak. Desde 2020, Ritó é coordenador da Terra Batida (terrabatida.org), uma rede de pessoas, práticas e saberes em disputa com formas de violência ecológica e políticas de abandono. Colabora, desde 2023, com a rede least — laboratório de artes e ecologia sediado em Genebra — no projeto “Peau Pierre” (Pele Pedra), um projeto de longa duração com foco em pedagogias ecoqueer em co-criação com associações locais. Coordenou também dois laboratórios quadrimensais com Alina Ruiz Folini para jovens entre os 18 e 25 anos, no contexto do projeto Imagina do Serviço Educativo da Fundação Calouste Gulbenkian (2022-23). Artista associado da Associação Parasita, uma estrutura financiada pela República Portuguesa – Ministério da Cultura/Direcção-Geral das Artes entre 2023-2024.
Vânia Rodrigues trabalhou como gestora artística em diversas organizações culturais, desde teatros nacionais a companhias de teatro independentes, antes de transitar para uma carreira de investigação. Doutorada em Estudos Artísticos, trabalha atualmente como investigadora no Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra, em Portugal, onde é diretora de uma plataforma dedicada denominada Modos de Produção – Artes Performativas em Transição e Investigadora Principal do projeto GRENARTS, bem como fundador do programa pós-graduação em Gestão das Artes e Sustentabilidade – três iniciativas que refletem a interseção entre as artes e a emergência ecológica. Recentemente, começou a co-coordenar o Doutoramento em Estudos Contemporâneos, um programa que explora as incertezas da complexidade contemporânea.