Este solo de dança nasce da necessidade de uma investigação pessoal, através da recuperação de memórias, visibilizar a data do corpo e a canalização de feridas tornando-as um objeto de exploração e transmutação.
Encontro interesse em revisitar desde um corpo que carrega códigos fruto da imigração, de herança cultural descendente da diáspora africana, da passagem e da negociação que encontram pratica mediante por exemplo, a evocação.
A obsessão do um corpo em latência constante, num caos techno-folclórico, num exercício dequestionamento sobre a expressão e identidade que tenciona explorar novas correntes como lentes para observar a violência que o atravessa, perante a presença e vulnerabilidade de um ser que escuta e executa.
Inspirada pela necessidade de explorar conversas com a minha mãe, os arquivos dentro do corpo, a passagem de lugares, e o que eles me deram como recurso.
A música, os cânticos, os perigos e as inseguranças que vivi num país constantemente exposto à transgressão, ao mistério social e paradoxalmente à simplicidade que era estar na rua.
O batuque e a latência dos pés como afirmação, enraizamento, e as interações sociais que alimentavam uma ideia de “permanência” numa comunidade.
Ficha Artística
Interprete e coreógrafa: Melissa Sousa
Co-Direção e Acompanhamento externo: Catarina Campos
Olhar externo: Marco da Silva Ferreira
Música: Dulce Moreira
Figurinos: Costa
Acompanhamento na investigação e Mentoria; Melissa Rodrigues, Cristina Planas Leitão
Agradecimentos: Melissa Rodrigues, Cristina Planas Leitão, Marco da Silva Ferreira, Leo Soulflow, Katiuska Cantillo, Roxanna Suarez, Eric Amorim dos Santos, Claire Sivier, Sekoia Artes Performativas, CAMPUS Paulo Cunha e Silva, CRL Circolando, Common Ground Associação Cultural, Catarina Campos.
A mostra de processo de TAMBOR acontece no âmbito do Programa de Residências Artísticas CRL – Central Elétrica.