André Braga, Cláudia Figueiredo e Panaíbra Gabriel Canda
25 e 26 abril 2025 | Festival DDD, Cine-Teatro Constantino Nery – Teatro Municipal de Matosinhos [ESTREIA]
16 maio 2025 | Teatro Aveirense, Aveiro
23 maio 2025 | Teatro das Figuras, Faro
30 maio a 1 junho 2025 | São Luiz Teatro Municipal, Lisboa
OU (do latim aut) Conjunção que indica alternativa ou opcionalidade.
Em 2022, o Panaíbra Gabriel Canda esteve em residência na CRL – Central Elétrica, nascendo a vontade de desenvolvermos juntos um projeto que tivesse uma ligação forte a Moçambique. Das primeiras conversas, surgiu a ideia de o enraizar num lugar, numa paisagem, como ponto de partida para “uma longa conversa”. A ideia dos bons encontros e da potência transformadora das boas conversas está entre os primeiros princípios, querendo-se que o projeto constitua, acima de tudo, um elogio do pleno encontro.
Inhambane, terra do pai de Panaíbra, é também a terra onde Vasco da Gama e sua tripulação terão chegado há mais de 500 anos atrás, batizando-a de “Terra de Boa Gente”.
A colonização e a pós-colonização são naturalmente unidades temáticas nucleares do projeto e queremos pensá-las a partir de uma sobreposição de tempos: passado, presente, futuro.
“A contemplação de grandes coisas do passado consiste em acolhê-las no nosso espaço. Não somos nós que nos transportamos para dentro delas, elas é que adentram a nossa vida.” Walter Benjamin
Espacializar o tempo, mergulhar o passado numa camada onírica, valorizar o pensamento por constelação são algumas sugestões deste autor que nos inspiram.
“A memória enraíza-se no concreto, em espaços, gestos, imagens e objetos.” Pierre Nora
Interessa-nos pensar a História a partir da paisagem, prosseguir com a pesquisa sobre o que Paul Carter chamou de “política do chão”, ou seja, de “um novo pisar que não recalque e terraplane o terreno, mas que deixe o chão galgar o corpo, determinar os seus gestos, todo o movimento, reinventado uma nova coreografia social”.
A estreia está prevista para a Primavera de 2025. Até lá teremos vários períodos de residência e algumas mostras de processo.
Ficha Artística
Direção Artística, desenvolvimento do conceito e dramaturgia: André Braga, Cláudia Figueiredo e Panaíbra Gabriel Canda
em colaboração com Gonçalo Mota (dramaturgia e vídeo) e João Sarnadas com músico de Moçambique a definir (som)
Interpretação: André Braga e Panaíbra Gabriel Canda
Direção de Produção: Ana Carvalhosa
Apoio à produção e administração: João Gravato
Comunicação: Sara Jorge
Coprodução: Festival DDD / Teatro Municipal do Porto; São Luiz Teatro Municipal; Teatro das Figuras; Teatro Aveirense / CM Aveiro e parceiros a definir