MANT(R)A, André Braga e Cláudia Figueiredo
MANT(R)A
André Braga & Cláudia Figueiredo
2 setembro
20h00
Ferro, Central Elétrica
MANT(R)A é um laboratório de criação em torno da geofilia, do telurismo, da vitalidade da matéria que iremos partilhar em fase inicial de processo.
“Reinventar a relação do sujeito com o corpo, com o fantasma, com o tempo que passa, com os ‘mistérios’ da vida e da morte” constitui uma espécie de lema da ‘ecosofia mental’ de Guattari que queremos adoptar como mantra.
Experimentar outras temporalidades — da terra, da pedra, do vegetal, da água — e centrar a atenção numa abordagem háptica, centrada na pele, são os princípios gerais para partirmos para o trabalho, os motores físicos e imagéticos para alcançar outros limiares e formas de pensamento.
MANT(R)A propõe também a revisita a um material plástico e conceptual que integrou Cratera: um imenso chão-manto de pêlo vivo e movente.
Ficha Artística
Direção Artística: André Braga e Cláudia Figueiredo
Dramaturgia: Cláudia Figueiredo
Espaço: André Braga, a partir da ‘manta-pêlo’ criada com Pedro Azevedo no âmbito de “Cratera”
Sonoplastia: João Sarnadas
Co-criação, desenvolvimento de materiais e interpretação: Ana Rita Xavier, Daniela Cruz, Ramon Lima
Produção: Ana Carvalhosa (direção) e Joana Mesquita Alves
Bio
André Braga e Cláudia Figueiredo desenvolvem juntos o seu trabalho desde que fundaram a cooperativa em 1999.
O trabalho no espaço de fronteira e cruzamentos disciplinares caracteriza o seu percurso, sendo que para as suas criações convocam um colectivo de criadores vindos das áreas da dança, teatro, artes plásticas, música e cinema.
A abordagem poética dos universos dramatúrgicos, o carácter intensamente físico das propostas e a força das componentes plástica e musical são traços marcantes do projecto.
Após 10 anos de actividade, o seu percurso artístico é marcado por um certo desvio estético, em direcção a uma maior crueza e despojamento.
O homem na sua natureza dual e complexa e as realidades repletas da convivência muito própria de vários opostos ocupam agora o núcleo das reflexões. Presença forte vêm assumindo também os projectos que trabalham com a comunidade e fazem do território e das pessoas que os habitam a principal matéria criativa.
