INRESIDENCE 2020 | LAGARTIJAS TIRADAS AL SOL (MX)
“Entre diciembre de 2020 y enero de 2021 participé en el programa Inresidence convocado por Circolando. La residencia consiste en tener tiempo y espacio en la ciudad de Porto para desarrollar un proyecto. Fui con la idea de desarrollar un proyecto de Lagartijas tiradas al sol llamado “Campeche”, este proyecto de piratas poco a poco fue cediendo espacio a otros durante mis días en Porto. Poco a poco la residencia se fue volviendo un espacio para trabajar sobre mis planteamientos artísticos en relación a la ficción, poco a poco la ciudad se me fue mostrando desde una perspectiva misteriosa y extraña.” Lázaro Gabino Rodriguez / Lagartijas Tiradas al Sol
O resultado destes dois meses de residência artística em nossa Central Elétrica é um conjunto de ficcções que podem ser vistos agora!
Ponte do infante [para ler, clique na imagem]
Clase de apreciación cinematográfica [para ler, clique na imagem]
Lagartijas Tiradas al Sol auto-intitulam-se como uma “quadrilha” de artistas. Trabalham em cena, fazem livros, rádio, vídeo e processos educativos. A partir de 2003 passam a desenvolver projectos como mecanismo de articulação entre trabalho e vida, para apagar ou traçar fronteiras. O trabalho busca criar narrativas sobre acontecimentos da realidade. Não tem nada a ver com entretenimento, é um espaço para pensar, articular, deslocar e desvendar o que a vida cotidiana funde, descobre e nos apresenta como dado. As coisas são o que são, mas também podem ser de outra forma. Apresentam o trabalho em quase todos os estados da República Mexicana, realizando temporadas e apresentações em fóruns independentes, festivais, teatros estaduais e universidades. No estrangeiro, entre muitos outros, trabalharam no Kunstenfestivaldesarts (Bruxelas), na Schaubuhne (Berlim), no FIBA (Buenos Aires), Wiener Festwochen (Viena), Festival Automne (Paris), Theatre Spektakel (Zurique), FTA (Montreal), HAU (Berlim), Kammerspiele (Munique), Santiago a Mil (Santiago), Bienal de Teatro (São Paulo), DeSingel (Antuérpia), Festival Internacional (Caracas), FAEL (Lima), Belluard International (Freiburg) Cena Contemporâneo (Brasília), TBA (Portland), FIAC (Salvador da Bahia), Festival de Outono (Madrid), RADAR L.A. (Los Angeles), Temporada Alta (Girona), Dialog (Wroclaw), Centro Cultural Espanha (Guatemala), Bad (Bilbao), Inteatro (Ancona), TNT (Terrasa), Mess (Sarajevo), Fusebox (Austin) e Norderzon (Groningen).
+ informações em: www.lagartijastiradasalsol.com/
A Circolando – Espaço de Criação Transdisciplinar faz parte da Inresidenceporto, uma plataforma que aproxima artistas a oportunidades de trabalho, na área de artes visuais e demais disciplinas artísticas, em espaços da cidade do Porto. No âmbito desta parceira com a Câmara Municipal do Porto, atribuímos todos os anos uma bolsa Inresidence de 4.000€-6.000€ para uma residência de média duração a um artista / colectivo.
No âmbito do programa Inresidence, apresentamos os projetos realizados em anos anteriores:
2017 | LOA, DEMO (PT)
LOA (também soletrado lwa) são os espíritos do Voudou haitiano e do Louisiana Voodoo. São também referidos como “mystères” e “os invisíveis”, intermediários entre Bondye (francês: Bon Dieu, que significa “Deus bom”) – o Criador Supremo, que está distante do mundo – e a humanidade.
Nesta proposta de residência, Gil Mac e Cláudio Vidal, performers do colectivo vimaranense DEMO (Dispositivo Experimental Multidisciplinar e Orgânico), juntaram-se ao compositor e artista sonoro Tiago Ângelo e ao realizador e antropólogo Gonçalo Mota para lançarem um projecto que se propôs trabalhar no cruzamento do teatro físico com as tecnologias interactivas, a arte sonora e o vídeo experimental, a partir do trabalho da realizadora, coreógrafa, bailarina e escritora Maya Deren, autora do ensaio Religious Possession in Dancing, dedicado ao estudo do Vodu Haitiano.
2018 | Os bons colonizadores, Pedro Vilela (BR)
O ponto de partida para o projecto veio da leitura de um artigo de jornal onde se sistematizam várias abordagens ao colonialismo, de ambas as partes, Portugal e Brasil. O desafio seria: como transformar todas estas questões em obra artística? Como retomar a história para compreendermos o presente?
Debruçado sobre documentos históricos, o artista brasileiro dedicou-se a procurar material que proporcionasse narrativas em torno do processo de colonização dos povos indígenas, trazendo questionamentos sobre como subverter as representações estigmatizadas e ao mesmo tempo refletindo sobre as auto-representações actuais desses povos, cada vez mais visíveis e plurais. Na reta final, contou com a participação da artista Andrezza Alves como performer.
2019 | Máquina Êxtase, Maikon K (BR)
Ritos, imagens, objetos e substâncias que estão ligados à ideia de atingir o êxtase e a possibilidade de transformá-los em material de performance. Ao longo da sua residência, Maikon K buscou modos de gerar/acessar fluxos de êxtase no corpo, por meio de respiração, movimento, vocalização, encenação e relação com materiais, partindo de algumas questões: O que é o êxtase? Como construir um corpo-organismo para performar o êxtase?
O êxtase pesquisado enquanto forma primitiva (que tem a sua origem em danças xamânicas e ritos iniciáticos) até a sua localização nas práticas sociais contemporâneas (tecnologias digitais, universo das raves, drogas, mercado do sexo e da moda, desportos perigosos, atividades físicas, religiões, música pop, movimentos de massa, etc.). Do corpo social ao corpo anárquico.