No dia 13 de janeiro 2021, às 19h, ativaremos o VAPOR – CICLO PERFORMATIVO, com a exibição do espetáculo TIJUANA, dos mexicanos Lagartijas Tiradas al Sol.
Antes da apresentação realizaremos a exibição da curta-metragem DISTRITO FEDERAL, do coletivo.
ENTRADA GRATUITA, MEDIANTE RESERVA (CLIQUE AQUI).
TIJUANA
Tijuana põe em cena a experiência de Gabino Rodríguez, convertido durante seis meses em Santiago Ramírez, habitante de Tijuana (Baja California), sob condições específicas que o separavam de seu mundo habitual (do qual permanecia incomunicável), enquanto trabalhava a troco de um salário mínimo numa fábrica local.
A encenação procura contar esta experiência e indagar as possibilidades de representação. A partir daqui, o trabalho tenta tecer um discurso sobre ficção, realidade e representação. Ser outra pessoa, tentando viver a vida de outra pessoa. Fazer-se passar por outra pessoa. Isso não é atuar?
Tijuana integra o projeto “Democracia no México 1965-2015”, uma série de 32 peças (uma para cada estado da República) que indagam sobre a atualidade desse conceito a partir de diferentes geografias. Um complexo mosaico de realidades chamado México.
LAGARTIJAS TIRADAS AL SOL
Considerados um dos principais colectivos mexicanos, Lagartijas Tiradas al Sol autodefinem-se como um bando de artistas. Trabalham em cena, fazem livros, rádio, vídeo e processos educativos. A partir de 2003 passaram a desenvolver projetos como mecanismo de articulação entre trabalho e vida, para apagar ou traçar fronteiras. O seu trabalho procura criar narrativas sobre acontecimentos da realidade, não tendo nada a ver com entretenimento, mas sim como agentes de um espaço para pensar, articular, deslocar e desvendar o que o cotidiano funde, esquece e nos apresenta como dado.
As coisas são o que são, mas também podem ser de outra forma.
O CRIATÓRIO NA CENTRAL ELÉTRICA
Central Elétrica é o nosso espaço de criação na cidade do Porto, tem vindo a assumir cada vez mais destaque no nosso projeto artístico. A reativação de espaços e o desenvolvimento de um programa que se quer dentro e fora de portas, reflectem uma composição programática dinâmica e o desejo de transformar a Central num local de referência para a investigação das artes performativas e transdisciplinares.
Com o apoio da Câmara Municipal do Porto, através do programa Criatório, conseguimos reforçar a programação da Central, objetivando maior regularidade e diálogo com o público em geral. Apostamos na criação de um território versátil e em movimento constante, expandido as possibilidades criativas, valorizando uma região que apesar de tudo mantém uma certa periferia: Campanhã.
Criatório é um concurso municipal anual de apoio à criação e programação artística no Porto. Este programa tem como principais objetivos contribuir para a consolidação da atividade de artistas e agentes culturais provenientes de múltiplas disciplinas artísticas, que no Porto podem encontrar um contexto propício ao desenvolvimento da sua prática profissional.
PROGRAMAÇÃO CRIATÓRIO 2020-2021
12 setembro 2020 | Concerto JAVIER DÍEZ ENA (ESP) + CLAIANA (CPV) | Pulsão – Ciclo Sonoro
Concerto com o contrabaixista, thereminist e músico eletrónico espanhol Javier Díez Ena que, nas suas apresentações ao vivo, toca loops estritamente criados ao vivo sem usar material de reprodução ou pré-gravação; de seguida apresentámos Gui Lee, ou melhor, Claiana, músico cabo-verdiano figura incontornável na noite do Porto.
14 outubro 2020 | Mostra documentário THE BODY AS ARCHIVE , de Michael Maurissens (ALE) + Dois dedos de conversa | Disjuntor – Ciclo Audiovisual
O documentário de Michael Maurissens baseia-se em pesquisas que consideram as formas pelas quais o corpo do bailarino pode ser considerado um arquivo. O corpo de um bailarino é apenas um repositório de formas de uso? Os bailarinos criam, acumulam e carregam conhecimento – onde é ele armazenado e o que exploram eles através da sua prática? Como é que os contextos culturais e sociais se refletem no corpo de um bailarino? Após a exibição, realizámos Dois dedos de conversa com Gonçalo Mota.
17 novembro 2020 | Mostra documentário MEU CORPO É POLÍTICO, de Alice Riff (BRA) + Dois dedos de conversa | Disjuntor – Ciclo Audiovisual
Primeira longa-metragem da diretora Alice Riff, aborda o quotidiano de quatro militantes LGBT que vivem na periferia de São Paulo. Paula Beatriz é diretora de uma escola pública. Giu Nonato, uma jovem fotógrafa vivendo uma fase de transição em sua vida. Linn da Quebrada é atriz, cantora e professora de teatro. Fernando Ribeiro, um estudante e operador de telemarketing. A partir da intimidade e do contexto social dos personagens, o documentário levanta questões contemporâneas sobre a população trans e as suas disputas políticas. Após a exibição, realizámos Dois dedos de conversa com a pesquisadora brasileira, transfeminista, Helena Vieira.
Curadoria Geral Central Eléctrica: Pedro Vilela | Curadoria Ciclo Audiovisual: Gonçalo Mota
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